quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Humanamente falível




O implícito confunde...
O não-dito ecoa por todos os cantos esta noite, muito mais alto que as palavras mudas que me disse.
Não importa o quanto eu ou você tentemos entender, tudo que se ouve são nossos próprios devaneios insensatos, egoístas porém sinceros...
Sinceramente engasgados.

Engoli palavra por palavra, eram amargas demais para serem ditas em voz alta.

São só letras e elas não podem ferir, mas ameaçam cortar a linha tênue que separa a tempestade da calmaria.
Desordem. Crescemos e mudamos, mas continuamos falíveis.

Não preciso entender.
Não quero que entenda.
Eu quero fechar os olhos e ser ouvida sem falar. Ecoar pensamentos, gritá-los até que saiam da minha mente e sejam escutados pelos ouvidos da sua alma, como que sussuros. Como que abraços apertados.
Não penso em sentir pois já sinto sem pensar...
Hoje eu sou o poético e você o racional.
Não estamos na mesma página, mas ainda somos o mesmo livro, autores de nós mesmos.
Apaguemos então o último parágrafo que foi escrito, pois não vale a pena ser lido de novo.
Não são as palavras que ferem, é a consciência.
Pule para a próxima página em branco.

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